A Resistência Sem Líderes
Muita gente acha que essa história de milícias não se pode aplicar ao Brasil. Com certeza, pois as milícias não fazem parte de nossa história. Lampião é bando, banditismo e insurreição; não é sedição. Mas eu falei das milícias pq ali começava a se desenvolver a organização sem líder, operando pela comunicação interativa distribuída. E milícia é revolução de rico, mui apropriado à pós-modernidade.
Outros reclamaram que não peguei um exemplo brasileiro, e que esses exemplos dos estados unidos não interessam pq não servem para nós. Muita gente que trabalha com a cibercultura acha que o importante é a tecnologia comunicacional, a cultura seria secundária. Dei exemplos dos EUA pq queria falar do movimento que nasceu em Seattle em 1999 e estancou com a explosão das torres da OMC em NY.
Poderia ter dado o exemplo do Zapatismo que é considerado pelos militares e pelos militantes um exemplo de resistência sem líder. Foi no Zapatismo que Seattle engatinhou; pois pela primeira vez a segmentaridade das organizações em rede podia ser ultrapassadas por um movimento maior, uma grande onda.
O EZLN fala todo o tempo em insurreição e não em sedição. Mas o motor do Zapatismo é a confluência de várias redes que se conectam criando uma grande rede produtiva.